terça-feira, 30 de março de 2010

Tempos de Escola

No fim-de-semana estive com uma amiga de escola de longa de data, que não a via há muito tempo. Conversamos um pouco sobre como corriam as nossas vidas, o emprego ….
Acabamos por recordar acontecimentos hilariantes do tempo de escola. E há um deles que vou partilhar.
O que vou contar remonta ao ano lectivo de 1993/94. Frequentava eu o 9º Ano de uma escola cá da terra. A turma era fantástica, para além se sermos poucos alunos, éramos muito amigos e vivíamos perto uns dos outros. Muitos de nós já vínhamos juntos desde a primária.
Cada um de nós tinha uma alcunha, e ainda hoje persiste, e são essas alcunhas que vou utilizar aqui hoje. Eu era João, ou Joãozinho. (não me perguntem porquê.)
Aula de físico-química. O professor destacado para nos dar a aula ainda estava acabar de cumprir o serviço militar, e faltou durante quase primeiro período todo. E resolveu vir dar aulas logo a uma sexta-feira, ao ultimo tempo, eu e a Fausto ( a Fausto é uma amiga, que para além de ser amiga, era companheira de carteira, vizinha, passávamos férias juntas e fomos criada juntas desde pequenas) tínhamos já combinado que nessa hora iríamos planear o nosso fim-de-semana. E resolvemos matar a aula (sim nesta idade é muito mais importante combinar as coisas que propriamente a aula de físico-química). Na mesma turma andava o irmão da Fausto, o Caveira que durante a chamada teve a brilhante ideia de dizer ao professor que nós as duas pertencíamos ao ensino especial e que não se marcava falta.
Na semana seguinte lá fomos nós à nossa primeira aula, a penúltima mesa ao pé da janela era sempre nossa, qualquer de fosse a sala ou as aulas, falávamos a duas que nem gralhas tanto uma com a outra, como com os colegas da sala, ou com quem passava fora no recreio (tínhamos uma vida social muito activa ). O professor separou-nos e tirou-nos do pé da janela. A Fausto ficou sozinha numa das mesas do fundo, e eu vim para a frente fazer companhia ao Fu (este Fu tem como base fou em francês que significa maluco. E era o gajo mais inteligente da sala, usava óculos e tinha a particularidade de ter os pés tão grandes que não tinha sapatos para a medida dele).
No entanto, eu não o deixava prestar atenção às aulas e o professor voltou a mudar-me, desta vez, colocou-me na secretária dele em frente a ele. (castigo a valer, ele tinha mau hálito, e sempre que falava comigo tinha mesmo de virar a cara.)
Mas ao contrário do que possam pensar eu não sosseguei, era sempre uma animação, desde jogar ao passa com as coisas do professor, ou com o material das experiências. Esconder-lhe as canetas quando mandava alguém para a rua para não marcar falta,…enfim.
Um dia durante a aula, a Fausto estava na amena cavaqueira com a Mosca, ao que a Mosca respondeu à Fausto que era capaz de tudo, e o professor ao ouvir isto interroga a Mosca se ela seria mesmo capaz de tudo, a Mosca recua na resposta mas a Fausto afirma que sim.
Então o professor pede à Fausto para voar, era vê-la a subir o banco, do banco para a mesa, e dar um salto para o chão. Foi a risota geral….
O professor diz à Fausto que o problema dela foi na aterragem, ao que ela responde-lhe que tinha-lhe sido pedido para voar e não para aterrar.
Durante esse ano lectivo, nesta aula, aconteceram dezenas de peripécias semelhantes de variadíssimas coisas.
Mas foi um ano excelente de excelentes amigos.
A todos vós; muitas saudades
Terramoto, Molotov, Monge, Fausto, Conan, Redondo, Tejo, Caveira, Pinheiro, Piolho, Chinesa, Piriquita, Fu, Benjamim, Slash, Mosca, Tetis, Big-foot, Metaleira, Espanhola e eu João.

Locas

1 comentário:

  1. Não, nunca, jamais vocês desrespeitaram o professor, em momento algum!!!!....mas é sempre bom recordar as peripécias de adolescentes inconscientes...beijos

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